O Webometrics é um ranking criado pelo Cybermetrics Lab, um grupo de pesquisa que pertence ao Consejo Superior de Investigaciones Científicas, da Espanha. No ranking são listadas as universidades mais visíveis do mundo na web. A idéia dos criadores do ranking foi acesso eletrônico aberto às publicações científicas. Uma universidade é bem rankeada no Webometrics quando são encontradas e citadas muitas publicações acadêmicas e atividades de pesquisadores em Yahoo, Google e similares. O Webometrics é um ranking diferente dos tradicionais, que focam mais nos resultados de pesquisa e na premiação obtida por acadêmicos.
No ranking Webometrics de 2009, o primeiro colocado é o Massachusetts Institute of Technology. A Universidade de Harvard, que lidera os rankings tradicionais, está em segundo. A melhor universidade fora dos Estados Unidos é a de Cambridge, em vigésimo segundo.
Há ótimas notícias para os brasileiros neste ranking. A USP está trigésimo oitavo lugar, na frente de qualquer universidade alemã, francesa e italiana. Há apenas universidades dos Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Taiwan e Canadá na frente. Até a Universidade de Oxford ficou atrás, em quadragésimo segundo.
A Unicamp ficou em 115º lugar, colocando-se como a terceira melhor da América Latina. A Nacional Autônoma do México foi a segunda. Entre as dez mais bem rankeadas da América Latina, oito são brasileiras. A de Buenos Aires ficou em décimo primeiro.
Já o ranking ARWU é o mais conhecido dos tradicionais. Valoriza os prêmios vencidos por professores, pesquisadores e ex-alunos, a quantidade de pesquisadores muito citados, a quantidade de papers publicados na Nature e na Science, e os papers presentes no index de citação.
No ranking ARWU de 2009, Harvard ficou em primeiro, Stanford em segundo, Berkley em terceiro, Cambridge em quarto e MIT em quinto. A USP ficou empatada com muitas em 101º. Entre as 100 melhores, ficaram muitas dos países de língua inglesa, algumas do Japão (Tóquio, Kyoto etc), algumas da Suíça (Instituto de Tecnologia de Zurique, Universidade de Zurique, Universidade da Basiléia), algumas da França (Paris 6, Paris 11), algumas da Alemanha (Munique, Heidelberg, Goettingen e Bonn), algumas da Escandinávia, algumas da Holanda e a de Moscou. Empataram com a USP as melhores universidades italianas e as melhores universidades belgas. As melhores universidades coreanas, espanholas e austríacas ficaram atrás. A Unicamp se colocou entre o 200º e o 300º, atrás da Autônoma do México e da de Buenos Aires, e no meio de muitas universidades chinesas. No Webometrics, a terceira e a quarta melhores universidades do Brasil foram respectivamente a Federal de Santa Catarina e a Federal do Rio Grande do Sul. No ARWU, foram, em ordem, as federais de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Resumindo: as melhores universidades brasileiras, além de estarem lado a lado nos rankings com muitas universidades do mundo desenvolvido; têm desempenho melhor ainda quando se avalia a visibilidade na web. Deve ser lembrado que publicação de pesquisa na web barateia o acesso a seus resultados, aumenta a audiência potencial e aumenta o potencial de internacionalização das universidades.
O que prejudicou um pouco as universidades brasileiras no ARWU foi a falta de Prêmio Nobel.
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