sábado, 19 de dezembro de 2015

Uma observação

Cristovam Buarque, Marta Suplicy, Eduardo Jorge, Marina Silva, Alessandro Molon, Soninha. O que estes têm em comum?
1. Pertenceram ao PT, mas não pertencem mais
2. Foram para partidos que estão menos à esquerda do que o PT, e não para o PSOL (deste, o Chico Alencar poderia ser o único a ser acrescentado na lista)
3. Têm mais aceitação do que o Lula em grande parte da classe média
4. Perderam espaço dentro do PT antes de saírem do partido
Não estou defendendo-os. Gosto de alguns dos mencionados, de outros não. Apenas percebi estas características em comum.
E o Olívio Dutra, o Eduardo Suplicy e o Aloisio Mercadante?
1. Ainda pertencem ao PT, mas perderam espaço dentro do partido
2. Têm mais aceitação do que o Lula em grande parte da classe média
O Aloisio Mercadante estava sem relevância para o Lula até ser resgatado por Dilma. Neste caso, parecia que Lula estava certo, pois Mercadante não foi um primor de competência em qualquer ministério pelo qual ele circulou.
De qualquer maneira, verifica-se uma tendência de políticos do PT que começaram suas carreiras políticas com maior apoio da classe média do que da classe trabalhadora, e que têm mais aceitação do que o Lula em grande parte da classe média, perderem espaço dentro do partido. Não sei se é só coincidência ou não.
Por outro lado, a Dilma, que sempre teve todo o respaldo do Lula, sempre foi ainda menos popular do que ele dentro da classe média. Lula já teve votação razoavelmente baixa na classe média em 2006. Dilma teve votação menor ainda neste segmento em 2010, e menor ainda em 2014. Em apelo para as classes sociais, Dilma repete os defeitos, mas não as virtudes de Lula. Não tem o mesmo apelo popular que Lula tem (ou tinha), e ao mesmo tempo também gera repulsa na classe média, entre muitos motivos, por alguns discursos bobalhões, como o da criança e do cachorro. E olha que ao contrário de Lula, ela estudou em colégio de elite.
O Haddad é um dos petistas que tem mais aceito do que Lula dentro da classe média. Mas não corre o risco de ir para a geladeira, uma vez que o PT está urgentemente precisando de novos quadros.

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