terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Voto distrital puro. Bom mesmo?

Os Estados Unidos, o Canadá, o Reino Unido e a França são dos poucos países do mundo que adotam o sistema de voto distrital puro. O país é dividido em distritos, e cada distrito elege um único deputado por votação majoritária. Na França, é necessária maioria absoluta. Nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, maioria simples basta.
É um processo eleitoral aparentemente simples: mas é bom?
Na última eleição para a Câmara dos Estados Unidos, o grande vencedor foi o... ... desenhista de distritos. Os democratas tiveram mais votos que os republicanos. O total de votos nos candidatos democratas foi 59.645.387. O total de votos nos candidatos republicanos foi 58.283.036. Ainda assim, os republicanos obtiveram 234 cadeiras e os democratas obtiveram 201.
Obama não pode realizar políticas defendidas pela maioria da população porque está refém de uma Câmara controlada pelo partido de oposição que teve minoria no voto popular e só conseguiu formar uma maioria de deputados por causa da maneira com que os distritos foram desenhados.

Ah, mas os Estados Unidos, o Canadá e o Reino Unido são países bastante desenvolvidos. Por algum motivo, o sistema de representação distrital pura deve funcionar. Bom, mas a Alemanha também é um país bastante desenvolvido e tem um sistema de representação distrital subordinada à representação proporcional. Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Áustria e Espanha são países bastante desenvolvidos e têm representação proporcional.