quinta-feira, 29 de abril de 2010

Nessa teoria conspiratória, ele se superou

Disse Juca Kfouri hoje em seu blog

Coincidências
O que São Paulo, Inter e Flamengo têm em comum, além de estarem na Libertadores-2010 e, ontem, terem jogadores expulsos?
Os três votaram contra o candidato de Ricardo Teixeira no Clube dos 13…
A expulsão de Richarlyson, diga-se, foi corretíssima.
A de Michael foi discutível, questão de interpretação, ainda mais que o árbitro não expulsou Roberto Carlos que meteu a mão na bola já com cartão amarelo.
E a de Kléber foi um absurdo, coisa estampada também na imprensa argentina.

http://blogdojuca.uol.com.br/2010/04/coincidencias/

Coisas a serem lembradas
1. A Libertadores é organizada pela Conmebol e não pela CBF
2. Os três árbitros das expulsões mencionadas não eram brasileiros. Será que eles sabiam em que presidente do Clube dos 13 cada time votou?
3. Apesar do colunista discordar, a expulsão de Michael foi justa. Ou seja das três expulsões mencionadas, duas foram justas
4. Na expulsão injusta, o árbitro favoreceu um time argentino jogando na Argentina. O que seria corriqueiro por causa da pressão da torcida


Quem escreve esse tipo de teoria da conspiração é quem acha que Clube dos 13 brigado com CBF é a Chapeuzinho Vermelho e a CBF é o Lobo Mau. Tanto que fica horrorizado quando tem time convidado no Campeonato Brasileiro da CBF, mas acha que um torneio organizado pelo Clube dos 13, com times selecionados por convite, teve valor de Campeonato Brasileiro.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

10 razões para as administrações públicas utilizarem open source software

O texto está em espanhol, mas é bem fácil de entender, além de ser bem interessante. A razão dois é local. As outras se aplicam a qualquer administração pública.

10 razones para que la Administración libere software
El Centro Nacional de Referencia de Aplicación de las TIC basadas en Fuentes Abiertas (cenatic) ha publicado un decálogo con los motivos por los que las administraciones públicas deben liberar el software de fuentes abiertas y ponerlo a disposición de la sociedad. Las principales ventajas son que la Administración reduce su déficit, aporta valor al sector privado, favorece la competitividad y contribuye al desarrollo de una economía sostenible basada en el conocimiento y la innovación abierta.
1. Permite mayor eficiencia presupuestaria al ahorrar costes en el mantenimiento y en la evolución del software.
2. Cumple las recomendaciones de la Ley 11/2007, del Real Decreto de Interoperabilidad, y de las directivas europeas de la ISA.
3. Favorece la transparencia, la interoperabilidad, la independencia y la sostenibilidad de las aplicaciones de las Administraciones Públicas.
4. Desarrolla el ecosistema del sector TIC, garantizando la independencia de proveedores y su disponibilidad futura.
5. Pone conocimiento y activos a disposición de las empresas.
6. Contribuye a la reducción del déficit público, y fomenta el desarrollo de una economía basada en el conocimiento y la innovación.
7. Mejora la competitividad al fomentar la cooperación entre administraciones, universidades, centros de I+D+i y empresas, extendiendo buenas prácticas de conocimiento compartido, y fortaleciendo la innovación abierta.
8. Facilita la adaptación a las necesidades concretas de las administraciones, en materia lingüística, legislativa, de accesibilidad e imagen.
9. Garantiza la privacidad y la seguridad en el tratamiento de la información.
10. Permite Compartir, Reutilizar y Colaborar.

http://www.ogov.eu/10-razones-para-que-la-administracion-libere-software/

Ui, que medo!!!

Hoje, cheguei em casa do almoço e liguei a Sportv para ver se estava passando o jogo de Thomaz Bellucci contra Isner. Mas o jogo transmitido era entre Tsonga e Troicki. Eis que um minuto depois de eu ter ligado a televisão, o locutor falou "para você que está ligando a televisão agora, avisamos que Bellucci venceu Isner por 7-6, 7-5 e joga contra Djokovic amanhã".
Fiquei agradecido por ter obtido a notícia que eu estava procurando, e ainda por cima, era uma ótima notícia. Mas parece que the Big Brother is watching you.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A inutilidade de discutir Cuba

Um dos temas mais quentes de discussões reais e virtuais é o regime comunista de Cuba. Mesmo em rodas de discussões, reais e virtuais, em que existam somente esquerdistas, há uma grande divisão: comunistas são a favor, social-democratas, anarquistas e socialistas utópicos são contra.
O que faz algumas pessoas serem a favor do regime é puramente a emoção. Não há argumentos racionais favoráveis para, nos dias de hoje, louvar aquela ditadura. Isto fazia sentido nos anos 60 e 70. Naquele tempo, o regime cubano, assim como hoje, não era democrático. Mas muitos outros regimes da América Latina também não eram. E Cuba tinha melhores níveis de educação e saúde. A imagem de um moço barbudo de 33 anos tomando o poder em uma época de muitos governantes idosos (Eisenhower, Kruchev, De Gaulle, Adenauer) tinha forte apelo emocional. Além disso, Cuba era um país sedutor: um paraíso tropical do rum e da salsa.
Isto criou um apego emocional de uma geração de militantes de esquerda na América Latina com o regime. E muitos destes militantes, mesmo velhos, não conseguem se livrar deste apego. Aí tentam escavar argumentos para defender uma ditadura velhaca.
O argumento da saúde e educação não funciona mais. Cuba continua tendo uma das maiores expectativas de vida do continente americano, e uma das menores taxas de analfabetismo. Mas por que uma ditadura é necessária para obter estas conquistas? O Brasil tem indicadores bem piores, mas vem melhorando muito. Chile e Costa Rica têm excelentes indicadores de saúde e educação.
Ao observarmos os dez países com melhor IDH do mundo - Noruega, Austrália, Islândia, Canadá, Irlanda, Holanda, Suécia, França, Suíça, Japão - podemos observar que estes países, apesar de serem muito diferentes entre si em muitos aspectos, partilham de uma característica comum: são países capitalistas. Nestes países, há excelentes indicadores de educação e saúde, e além disso, a renda per capita é alta. E as pessoas não têm que enfrentar racionamento de produtos básicos.
Um castrófilo provavelmente diria: "ah, mas estes países sempre foram ricos, Cuba teve o mérito de melhorar o padrão de vida da população mesmo sendo pobre". Não é verdade. Japão e Irlanda não eram países ricos nos anos 50. Mesmo a França também não era muito rica. Outros países muito desenvolvidos, como Portugal, Espanha, Itália e Finlândia eram pobres nos anos 50.
Outra estranheza dos defensores do castrismo é o fato de muitos deles não terem sido simpatizantes dos outros regimes comunistas (ufa, ainda bem). Mas Cuba não tinha o regime menos pior. O regime comunista cubano era mais linha-dura que o da Polônia, Tchecoslováquia e Hungria e se assemelhava aos da República Democrática Alemã e Romênia.
Conforme dito anteriormente, a maioria dos apologistas brasileiros da ditadura cubana viveu o tempo das ditaduras de direita na América do Sul e o tempo da Guerra Fria. Devido ao forte apelo emocional que Cuba exerceu sobre uma geração, discutir o regime cubano com pessoas desta geração é difícil e desnecessário. Basta esperar pelo ciclo natural das coisas. Uma geração se aposenta, surge uma geração mais nova, com outras idéias.
Entre comentaristas de blog e postadores de mensagens em comunidades virtuais, há alguns jovens que também defendem os senis irmãos Castro. Mas quanto a estes jovens, também basta esperar pelo ciclo natural das coisas: eles viverem mais anos e perceberem que a experiência de esquerda reformista do Brasil também pode ampliar muito os direitos sociais, e ao mesmo tempo, preservar os direitos individuais.
Portanto, acredito que estas sejam das últimas linhas que eu escrevo sobre Cuba.
Vamos esperar que os cubanos escrevam as linhas sobre seu próprio país.

sábado, 24 de abril de 2010

Cadê o filme Agora?


O filme Agora, do diretor espanhol Alejandro Amenábar, foi exibido em Cannes no ano passado, estamos quase chegando ao período do Festival de Cannes deste ano e nada da película chegar às salas de cinema no Brasil.
Agora conta a história da filósofa e cientista Hypatia, que viveu em Alexandria no final do século IV, em um tempo em que o Império Romano estava no fim, a cultura clássica estava sendo ameaçada e o fundamentalismo florescia. Hypatia é interpretada pela sempre maravilhosa Rachel Weisz.
Não parece ser um filme tão subterrâneo. Reconstituição de época sempre atrai público aos cinemas. Mas até agora, nada de Agora.
Será que só veremos este filme em DVD?

domingo, 18 de abril de 2010

Quem será o melhor pós-Clinton? Bush ou Gore?

O que Stephen Krugman poderia ter escrito em abril de 2000

Não há dúvida de que os Estados Unidos mudaram para melhor nos últimos oito anos. Além de um crescimento econômico elevado tendo como comparação as últimas três décadas, da queda do desemprego, da manutenção da inflação baixa e da redução do déficit fiscal, verifica-se o país recuperou seu prestígio internacional. É certo também que os indicadores da economia dos Estados Unidos durante o governo Clinton foram melhores do que durante o governo Bush senior.
Mas deve-se ter cautela antes de idolatrar o presidente Bill Clinton. Seu principal mérito, além de uma ou outra pequena reforma, foi o de não atrapalhar. Os Estados Unidos prosperaram nos últimos oito anos porque o presidente ignorou os conselhos malucos da ala esquerdista de seu partido e aderiu ao pragmatismo. A principal causa do elevado crescimento do PIB nos anos noventa foram as mudanças realizadas por Reagan e Bush senior, que tiveram seus efeitos realizados na era Clinton. O crescimento poderia ter sido até maior se Clinton não tivesse tomado algumas medidas populistas, como o aumento do imposto de renda e o aumento do salário mínimo, para acomodar um pouco os interesses da ala esquerdista de seu partido.
Tudo isso mostra que a prosperidade de hoje dos Estados Unidos não se repetiria se Al Gore fosse eleito. Gore não tem personalidade própria. Ele seria um mero fantoche de Clinton. Gore é um burocrata sem carisma. Não teria a mesma capacidade de liderança que Clinton teve. Além disso, Gore seria mais vulnerável a ceder aos apelos dos políticos mais esquerdistas de seu partido, minando as conquistas que foram resultado do pragmatismo de Clinton. O pior de tudo é que Al Gore é inexperiente: nunca governou uma cidade, nem um estado.
George W. Bush é diferente: adquiriu experiência administrativa ao governar um estado rico e populoso. Apesar de estar em um partido conservador, está razoavelmente próximo do centro, tendo, portanto, capacidade de unir o país. Tem condições de manter os aspectos positivos da administração Clinton e corrigir o que está errado.
E mais: os Estados Unidos precisam de renovação. Um partido ocupar a cadeira de presidente por mais que oito anos é ruim para a alternância de poder. E não podemos nos esquecer de que apesar de mostrar bons resultados na economia, o governo Clinton foi recheado de escândalos de corrupção.
Portanto, para o bem dos Estados Unidos, vamos votar em George W. Bush!

Faltaram opções

Como até a trave da Vila Belmiro sabia que o Santos seria finalista do Paulistão, eu queria ver o jogo entre Flamengo e Botafogo, que acabou sendo a decisão do Campeonato Carioca. Tudo bem que obviamente a Globo passa Santos e São Paulo no estado de São Paulo. Mas o problema é que Band e Sportv também transmitiram a semifinal do Paulista. Ficou um jogo com três transmissões e outro com zero.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Por que o Flamengo "só" foi campeão brasileiro 5 vezes

Incrível como um assunto que deveria estar com discussão encerrada volta à tona justamente para confirmar o óbvio, já decidido até mesmo na justiça há algum tempo: o campeão brasileiro de 1987 foi o Sport e ponto final. Portanto, o primeiro penta foi o São Paulo.
Entre os argumentos que sustentam que o verdadeiro campeão foi o Flamengo, há os fracos e os muito fracos, que podem ser facilmente respondidos.

"O Sport e o Guarani foram respectivamente o primeiro e o segundo colocados da Segunda Divisão."
Este é um argumento dos muito fracos. O Guarani foi vice-campeão brasileiro de 1986, o que invalida completamente o argumento. Se até o vice foi rebaixado, o campeão brasileiro de 1987 foi o São Paulo, porque foi o único que disputou o campeonato, uma vez que foi campeão do ano anterior.

"Nos anos 80 não havia acesso e rebaixamento. Portanto, ninguém tinha obrigação de considerar os resultados do campeonato anterior."
Este é um argumento fraco. Até 1986 havia um critério: melhores colocados nos Estaduais disputavam o Nacional. Em 1987, não houve critério para definir quem disputaria a Copa União, portanto, este campeonato não pode ter a legitimidade do campeonato brasileiro. Já havia um plano de reduzir o número de participantes do campeonato e criar divisões, acesso e rebaixamento, usando o campeonato de 1986 como referência. Mas quando a CBF temporariamente caiu fora, este plano foi abandonado.

"O campeonato brasileiro de 1986 foi organizado pelo Clube dos 13 e não pela CBF. Portanto, não tinha obrigação de observar a classificação do campeonato anterior, organizado pela CBF."
A CBF não ia organizar o campeonato daquele ano, mas voltou atrás, e organizou o campeonato, reconhecendo a Copa União como o Módulo Verde. Flamengo e Internacional perderam o campeonato da CBF de WO. Mudar no meio é ruim, mas foi apenas a correção de um erro anterior.

"Sport e Guarani empataram nos penaltis. Não dava pra levar o campeonato da CBF a sério."
Sim, foi meio palhaçada aquilo, mas foi irrelevante. Os dois melhores do Módulo Amarelo disputariam o quadrangular de qualquer jeito. Não havia relevância a ordem de classificação.

"Flamengo e Internacional se recusaram a disputar o quadrangular com Sport e Guarani porque o contrato com os patrocinadores não permitia."
E o que o Sport e o Guarani têm a ver com isso?

"Os jogos da Copa União tiveram estádios cheios e TV com grande audiência. O mesmo não pode ser dito do Módulo Amarelo."
E?????

"Em 2000, a CBF não organizou o campeonato brasileiro. O Clube dos 13 organizou a Copa João Havelange. E ninguém contesta que o Vasco, campeão da Copa João Havelange, foi campeão brasileiro"
Em 2000, a CBF abriu mão de organizar o campeonato brasileiro. Em 1987, não, pois voltou atrás da decisão inicial. E a Copa João Havelange de 2000 pode sim ser reconhecida como brasileiro, até porque não foi feita a mesma cagada de 1987 de deixar de fora quem tinha o direito de disputar o torneio. Aliás, foi um enorme torneio, em que 116 clubes puderam disputar o título. Não houve injustiça com ninguém.

"Se reconhecimento oficial da organização oficial contasse, o Corinthians é campeão mundial mesmo tendo vencido aquele torneio fajuto."
Sim, o Corinthians FOI CAMPEÃO MUNDIAL DE 2000 e contestar isso seria puro clubismo. Houve um torneio com times de todo o mundo e o alvinegro paulistano foi campeão. Contestar is é ridículo. Falar que aquele torneio era vagabundo é puro julgamento de valor.



E sim, o Flamengo muito provavelmente tinha o melhor time de 1987, com craques das seleções de 1982 e 1994, e provavelmente ganharia do Sport e do Guarani. Mas perdeu de WO. E isto é que conta. Não existe "e se" no futebol.


Colunista esportivo que ficou indignado quando Fluminense e Bragantino disputaram o Brasileiro de 1998 como penetras, e considera a Copa União de 1987, com tantos penetras (seis ao todo), o legítimo campeonato brasileiro, pode ter o comportamento descrito por duas palavrinhas: dupla moral.

Serra copiou o slogan de Steinmeier e não de Obama




Ao contrário do que foi dito pelo Lula, o slogan de Serra não foi copiado de Obama. "Nosso país pode mais" é bem diferente de "sim, nós podemos". Na verdade, Serra copiou o slogan de Steinmeier, o candidato do Partido Social Democrata da Alemanha na eleição do ano passado.
O slogan do político alemão era "unser Land kann mehr". A tradução literal é "nosso país pode mais".
Mas isto não tem nada a ver com afinidade ideológica. Ao contrário da "social-democracia" brasileira, a social-democracia alemã usa a bandeira vermelha e conta com militância de sindicatos de trabalhadores. O SPD ocupa no espectro político alemão o mesmo espaço que o PT ocupa no espectro político brasileiro. O PSDB é mais parecido com o CDU. E o DEM com o FDP (aliás, os nomes de ambos são perfeitos).

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Guarani Futebol Clube completa 99 anos



Obviamente se comemora mais aniversários múltiplos de 10, porque a data fica mais redonda. Mas aniversários de dígitos repetidos também têm seu charme.

No dia 2 de abril de 1911, foi fundado o Guarani Futebol Clube.

Campeão Brasileiro de 1978, Campeão da Taça de Prata de 1981, Vice-Campeão Brasileiro de 1986 e 1987, Terceiro no Brasileiro de 1982 e 1994, Vice-Campeão Paulista de 1988, Semifinalista da Libertadores da América de 1979.

Hoje amarga uma péssima fase.

Mas nada impede de dar parabéns ao clube por causa de toda sua história. E parabéns ao torcedores, que não viraram casaca mesmo depois de tantos rebaixamentos. É um dos poucos clubes do interior do Brasil que não tem torcida mista. Quem é Bugre é Bugre. Raros são os bugre-gambá, bugre-porco e bugre-bambi.

Infelizmente não vai passar o ano do centenário simultaneamente nas divisões principais do Brasileiro e do Paulista. Mas estar na principal do Brasileiro é o mais importante.

Agora tem uma missão quase impossível contra o Santos na Copa do Brasil.

E no ano que vem, no dia do centenário, farei um post maior.

Alerta!!! Cuidado com os infiéis!!!

A notícia é velha: é da Sexta-Feira Santa de nove anos atrás. Mas resolvi postá-la para mostrar que essas inacreditáveis manchetes já existem há muito tempo.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u26880.shtml

13/04/2001 - 15h19
Presos rebelados fazem churrasco em plena Sexta-Feira Santa

MILENA BUOSIda Folha Online
Em plena Sexta-Feira Santa os detentos rebelados do Presídio de Carumbé, em Cuiabá, realizaram um churrasco na hora do almoço. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o churrasco ocorreu no pátio do presídio. Os detentos teriam usado carne levada por familiares e armazenadas em freezers que existem em algumas celas, já que a alimentação e a energia foram suspensas.A rebelião já dura cerca de 24 horas. Familiares dos detentos e 4 agentes penitenciários são mantidos como reféns. Entre os familiares estão 107 mulheres, 7 homens e aproximadamente 50 crianças. Não há informação de feridos.O tenente-coronel da PM Antônio Moraes e o deputado estadual Gilney Viana (PT), da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa estão negociando com o rebelados. Eles exigem revisão de penas e a saída do comandante da PM do presídio, Major Faria, e do diretor do presídio, Elpídio Onofre Claro, que assumiu o cargo há cerca de 20 dias, segundo a Secretaria da Segurança. A secretaria informou que o governo não irá transferir o comandante da PM nem o diretor. Um dos líderes da rebelião é José Carlos do Nascimento, o 'JC', que seria integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que liderou a megarrebelião em 29 unidades prisionais de São Paulo em 18 de fevereiro.JC foi transferido de um presídio do Paraná para Curitiba há cerca de três meses. Segundo a secretaria, ele é goiano e tem condenações no Paraná e em Goiás.Anteontem a polícia frustrou a fuga de JC e de outros presos com a descoberta de um túnel que estava sendo escavado.O presídio abriga 386 presos, mas tem capacidade para 260.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O 15-30-40 do tênis pode estar com dias contados

Pouco depois da ATP ter apresentado a proposta de mudança da contagem de pontos do tênis, uma grande comoção contra e a favor foi criada em blogs e comunidades virtuais de fãs, sendo a grande maioria deles contra.
Duas mudanças são previstas: a primeira delas, apenas cosmética, visa acabar com o bizarro sistema 15-30-40-... . Os pontos em cada game seriam contados 1-2-3, sendo o vencedor quem fizer quatro primeiro. Neste caso, fora a tradição perdida, nenhuma modificação na forma de jogar seria criada, pois mesmo no atual sistema, é necessário fazer no mínimo quatro pontos para fechar um game. A mudança mais radical seria a segunda: mesmo com um empate em três a três, quem fizer quatro primeiro ganharia o game, sem ter que fazer dois de diferença.
A principal motivação da mudança é atender ao pedido das redes de televisão. Com games de 20 minutos de duração, sets de uma hora e dez minutos de duração, e partidas de quatro horas de duração, estava difícil encaixar os jogos nas grades de programação. O mesmo já aconteceu com o vôlei, que teve que acabar com a regra da vantagem para poder ter as partidas com tempo de duração mais previsível.
A acessoria de imprensa da ATP informou que a mudança não descaracterizaria o jogo, uma vez que continua sendo impossível haver uma situação em que um ponto pode decidir o jogo para os dois lados. Para o tie-brake, continua sendo necessário o mínimo de dois pontos de diferença. E para os Grand Slam e a Copa Davis, o quinto set continua exigindo uma diferença mínima de dois games. A nota também informou que o fim do 15/0, 15/15 e 30/15 serviria para tornar o esporte mais acessível a leigos.
Muitos dos fãs que se horrorizaram com a possibilidade de existir estas mudanças desconfiam que substitur o 15-30-40 pelo 1-2-3 seria apenas um bode para posteriormente ser eliminado, manter o 15-30-40, e criar menor resistência para a outra mudança: terminar o game depois que um dos jogadores fizer ponto depois do 40/40.
A maioria dos tenistas do topo do ranking é completamente contra as mudanças. O único tenista que se posicionou a favor foi um posicionado entre o 50 e o 100, que não quis se identificar. Ele disse que entende que os fãs sejam contra, mas que o esporte não pode viver só de fanáticos. O dinheiro da televisão é importante, e a televisão dependeria de uma audiência mais ampla.