segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Márcio Pochmann no segundo turno em Campinas

O PT parecia estar queimado na cidade. O primeiro prefeito do PT em Campinas foi Jacó Bittar em 1988, que deixou o partido no meio do mandato. O segundo foi Toninho, no qual a população tinha grandes esperanças, mas foi covardemente assassinado em 10 de setembro de 2001. A administração da vice Izalene não foi bem avaliada pela maioria da população. Posteriormente, o Vilagra, o vice petista de Dr. Hélio que assumiu a prefeitura por causa do impeachment deste, também sofreu impeachment por estar vinculado a escândalos de corrupção.

Além disso, Márcio Pochmann era um desconhecido para não acadêmicos. Nunca havia disputado uma eleição. E não são todos os cidadãos que sabem o que é o IPEA. E nem mesmo sabem o que é Unicamp, que não é acessível para todos.

A maior aparição de Márcio Pochmann na grande mídia foram os temores de que ele ia colocar um monte de comunista para comer criacinha dentro do IPEA.

E o principal adversário de Pochmann à prefeitura era Jonas Donizette, um conhecido político local, que concorria pelo PSB em aliança com o PSDB. Era aliado do governo estadual sem ser oposição ao governo federal.

Na primeira pesquisa do Ibope, realizada em meados de julho, o petista tinha 1% das intenções de voto.

Apesar de tudo isso, Márcio Pochmann cresceu, obteve 28,56% dos votos válidos no primeiro turno e vai disputar o segundo turno contra Jonas Donizette, que teve 47,60%, depois de passar semanas sendo favorito para ganhar no primeiro turno.

Outra surpresa em Campinas foram os 2,39% no candidato do PSOL e os 2,16% na candidata do PSTU, em uma cidade que teve candidato do PT.

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