sábado, 12 de março de 2011

A política do xixi

Foi correta a decisão da Prefeitura do Rio de Janeiro de combater o xixi nas ruas durante os blocos de carnaval, assim como é correta a prática de combater o xixi nas ruas durante o ano todo. O cheiro de xixi no centro do Rio de Janeiro já foi muito mais forte no passado, o olfato já percebe que alguma coisa melhorou.
Agora, a forma de oferecer alternativas ao xixi na rua durante o carnaval precisa ser melhorada. A quantidade de banheiros químicos era insuficiente, as filas eram enormes, e o sufoco para segurar era muito grande. Vamos supor que bebendo cerveja, as pessoas fiquem apertadas a cada duas horas. Estimando que cada pessoa gasta um minuto para usar a cabine (o tempo torna-se longo porque há muita água para sair da bexiga), chega-se à conclusão de que seria necessária uma cabine para cada 120 foliões, algo que nem sempre estava disponível. O número de cabines pode ser menor quando há outras alternativas. Alguns blocos se localizavam em ruas repletas de bares e restaurantes, que disponibilizavam seus banheiros em troca de modestas quantias de dinheiro. Outros blocos se localizavam em áreas residenciais, como o Céu na Terra em Santa Teresa, por exemplo. Nestes, o sufoco era maior.
O tempo neste último carnaval agravou o problema do xixi. Como os cinco dias estiveram nublados, com garoa e temperaturas amenas, o suor foi uma alternativa pouco relevante para escape da água da cerveja.
Além da quantidade das cabines, deve ser pensada a capacidade de tratamento. Supondo que cada pessoa faça um litro de xixi em um bloco carnavalesco, dois milhões e meio de foliões seriam capazes de encher uma piscina olímpica.

Outro ítem que falta ser melhorado é a disponibilidade de locais para jogar latinhas de cerveja. As ruas e calçadas estavam cheias delas.

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