quarta-feira, 22 de abril de 2015

O futuro da esquerda no Brasil

Não pretendo fazer neste post um julgamento de valor, apenas uma análise objetiva de conjuntura. Não vem ao caso se eu acho bom ou ruim, mas é fato:
Nos próximos anos, a esquerda nacionalista desenvolvimentista estruturalista cepalina anti-imperialista vai hibernar. Pode acordar algum tempo depois e retomar relevância, mas não no futuro muito próximo. A esquerda que terá mais relevância no Brasil nos próximos anos será aquela relacionada à democracia participativa, defesa do ...meio ambiente, defesa de políticas urbanas inclusivas, defesa de minorias étnicas e sexuais, repúdio à violência policial, modernização de valores e preocupada mais em responder à pergunta sobre "o que os movimentos sociais devem fazer" do que "o que o Estado deve fazer para atender as demandas dos movimentos sociais".
Daqui pra frente e pras gerações mais novas, Marcelo Freixo, Jean Wyllys, Guilherme Boulos e Fernando Haddad terão mais influência do que Lula, Mercadante e Marco Aurélio Garcia. Vladimir Safatle, Ricardo Antunes, Márcio Pochmann e Leonardo Avritzer terão mais influência do que Luiz Gonzaga Belluzzo, Carlos Lessa, Wilson Cano e Samuel Pinheiro Guimarães (o Professor Selfie de Pau seria outro influente da nova safra se não fosse aquela polêmica). Leonardo Sakamoto, Matheus Pichonelli, Gregório Duvivier e Laura Capriglione terão mais influência do que Mino Carta e Altamiro Borges.
No jogo da política, também ocorre de uns irem pro banco de reservas e outros entrarem em campo.

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