quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Não sabem perder, não sabem perder...

Olhem só a contagem de medalhas da CNN: http://sportsillustrated.cnn.com/olympics/2008/medals/tracker/
Os EUA aparecem em primeiro, por ter mais medalhas no total. Não sei se a CNN adotou este critério bizarro só nesta Olimpíada, quando os EUA estão em desvantagem em ouros ou se é um critério padrão. Mas de qualquer forma, a CNN está fugindo do critério oficial e coincidentemente fazendo de conta que seu país está em primeiro.
Não sabem perder, não sabem perder...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

OlimpiÁdas: Os grandes micos olímpicos brasileiros

A primeira Olimpíada que acompanhei foi a de Barcelona em 1992. Não me lembro de nenhum mico brasileiro naqueles jogos, houve apenas uma participação muito modesta. Depois disso, não faltaram micos.

Atlanta 1996: O maior de todos eles que eu já vi. A Seleção Canarinho, com Dida, Aldair, Roberto Carlos, Rivaldo, Bebeto e Ronaldo perde pro Japão na estréia, perde a semifinal da Nigéria, mas o pior de tudo foi a completa falta de respeito com os Jogos Olímpicos: não aceita receber a medalha de bronze no pódio. Fica com vergonha de ver os argentinos no degrau mais alto. E já em casa, têm a surpresa de ver os jogadores argentinos de pele bem escura e vestindo camisas verdes.

Sydney 2000: O Brasil tinha a melhor seleção de futebol masculino do mundo, a melhor seleção de vôlei masculino do mundo, as melhores duplas de vôlei de praia do mundo, o melhor nadador 50m do mundo, o melhor tenista do mundo, o melhor iatista do mundo, o melhor ginete do mundo e o melhor cavalo do mundo. Vários favoritismos ao ouro, frustrados um após ao outro. A esperança final ficou com o cavalo com nome de veado, que refugou. Voltamos pra casa só com pratas e bronzes.

Atenas 2004: O mico ficou com a seleção de vôlei feminino, que vencia a Rússia na semifinal por 2 sets a 1, chegou a estar vencendo o quarto set por 24 a 19 e conseguiu perder o jogo.

Pequim 2008: Como não poderia faltar trocadilhos de duplo sentido, Fabiana Muerer foi pra China e ficou decepcionada com o país porque não conseguiu achar a vara que desejava. Pra China ela não volta mais. A saltadora brasileira deve preferir países melhores dotados em termos de vara.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

E se vão 30 anos...

Em 13 de agosto de 1978, o Guarani venceu o Palmeiras por 1 a 0 no Brinco de Ouro e sagrou-se campeão brasileiro pela primeira e única vez.
http://www.youtube.com/watch?v=400E8-95GzU

É triste dizer, mas muito provavelmente, em 13 de agosto de 2018 estaremos lembrando os 40 anos da única conquista.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

E as Olimpíadas começaram

Como eu estava trabalhando, não vi a cerimônia de abertura. Vi algumas fotos. Parece que o evento foi muito bonito.
Na China, o alfabeto não é latino, portanto, acredito que as delegações entraram em ordem embaralhada para os padrões ocidentais. Gostaria de saber de quem o Peru entrou atrás.
E prevalescendo o bom senso, não houve boicote por parte de nenhum país aos jogos. Aliás, um eventual boicote não seria necessariamente ruim, porque qualquer um que boicotasse seria tão idiota a ponto de fazer falta nenhuma. Quem não gostou da escolha da sede que reclamasse em 2001. Não houve nenhum fato extraordinário entre o ano da escolha da sede e hoje, ao contrário do que houve um ano antes dos jogos de 1980, quando a URSS invadiu o Afeganistão. E comparar os Jogos de Pequim em 2008 com os de Berlim em 1936, tenha dó...
Nestas Olimpíadas, estou cagando para a política da China. Quero acompanhar os esportes, na medida que meu tempo permite.

O futebol masculino, nos Jogos Olímpicos, conta com algumas restrições, para não ofuscar a atenção aos outros esportes. Será que a partir de 2012 o COI vai decidir impor restrições ao tênis? Bom, limitar a idade dos jogadores em 23 anos vai produzir efeito menor do que no futebol. Ah, em 2012, os jogos vão ser em Londres, no verão. Certamente o Reino Unido vai escolher o piso de grama para as competições de tênis. Se todos as estrelas estiverem lá, vai haver na prática dois torneios de Wimbledon, um em seguida ao outro.

Chances de ouro do Brasil? Futebol masculino e feminino, iatismo, vôlei de quadra masculino, vôlei de praia masculino e feminino e mais algum atleta desconhecido. Quais serão realizadas? Nem vou chutar, porque erro sempre.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

O novo álbum do REM é muito bom

Há algum tempo, li em um blog de um companheiro lá da “O de C nos odeia” uma crítica ao hábito das pessoas formarem o gosto musical somente na juventude,e depois, pararem. O blogueiro tem uns trinta e poucos anos e acompanha todas as novidades do rock indie e da música eletrônica, inclusive de bandas cujos integrantes têm dez anos menos que ele. Seu texto foi voltado àqueles que ainda continuam idolatrando Beatles, comprando qualquer novidade do Bob Dylan mesmo que seja uma porcaria e dizendo que nada que surge atualmente presta. O autor diz ter colecionado todos os discos do U2 até o Pop, considera que este é horrível e que os demais têm lugar em seu coração mas não necessariamente em seus ouvidos.

Não sou radical a este ponto, pois gosto de ouvir velharias. Mas concordo com o sentido geral da crítica. Tem muita música boa que surge atualmente e quem não está atento vai descobrir isso só no futuro, quando o que é novo virar velharia. Faço um comentário adicional: pior do que a pessoa que forma seu gosto na juventude e continua só ouvindo as bandas que surgiram em sua juventude, são pessoas jovens atuais repetirem o discurso de que o que surge hoje não presta, e só ouvir coisas que fizeram sucesso antes de terem nascido. Eu já fui mais ou menos deste tipo, mas descobri que isto é desperdiçar a fase que deveria ser a melhor da vida.

Normalmente, acho que a pior manifestação de saudosismo (que mesmo assim faço de vez em quando e continuarei fazendo) é comprar discos novos de bandas velhas. Costumam não ser dos melhores, uma vez que o compositor costuma morrer antes do artista. Por exemplo, não sou louco de achar que o Strokes é melhor que o U2 no auge, mas os dois primeiros álbums dos Strokes são certamente melhores que os três últimos do U2. E o abacate do Pearl Jam não supera Franz Ferdinand, Kings of Leon ou Arcade Fire.

E o que isto tudo tem a ver com o novo álbum do REM? Bom, mas o álbum novo do REM é excessão. Para o meu gosto pelo menos, é melhor inclusive que o Out of Time. Este último é mais rock’n’roll.

sábado, 14 de junho de 2008

O poder da superstição

3 de março. Um apostador de 30 anos de idade vai pela terceira vez em sua vida àquele hipódromo. Olha o programa e percebe que a próxima corrida começará às 3 da tarde. Depois de tantas coincidências, percebe que tudo isso é um sinal. Decide apostar 3 mil dólares no cavalo da raia três.
Para sua decepção, este cavalo chega em terceiro lugar.

domingo, 8 de junho de 2008

Dois pesos, duas medidas, pra quem?

O governo de Yeda Crusius, no RS, está envolvido em um escândalo, referente ao uso do Detran e do Banrisul para financiar campanhas e comprar partidos para a base aliada.
Nos próximos dias, poderemos ver spin doctors dizendo que "o caso do RS é diferente", que "o caso do PT é pior" etc etc, tentando, para isso, achar pêlo em ovo (ou em suas cabeças calvas) para produzir algum argumento que comprovaria esta tese. Até aí, extremamente normal. O "dois pesos, duas medidas" é uma prática comum de quem faz política. O delito cometido pelos "dos deles" é sempre pior que o delito cometido peloa "dos nossos".
Só quero ver a cara de algumas lideranças políticas "de esquerda" que aderiram à candidatura conservadora em 2006 para defender a "ética na política". Será que estes também vão dizer que o caso do RS é diferente? Aí seria um "dois pesos, duas medidas" anômalos, pois neste caso, haveria mais tolerância com o delito dos "dos outros".
Esta anomalia seria oportunismo? Sim. Mas o único prêmio parece ser ter o saco puxado pela mídia e pelos "formadores de opinião". As urnas não andam premiando este comportamento de santo do pau oco.