terça-feira, 15 de julho de 2014

Prognósticos para as eleições

Antes da Copa ter iniciado, fiz este prognóstico, publicado na minha página do Facebook


Agora, faço o prognóstico das eleições

Presidente

Primeiro Turno
Dilma 44%
Aécio 33%
Campos 10%
Everaldo 7%
Luciana 3%...
Outros 3%

Segundo Turno
Dilma 52%
Aécio 48%

SP: Dilma 45%, Aécio 55%
RJ: Dilma 55%, Aécio 45%
MG: Dilma 43%, Aécio 57%
RS: Dilma 50%, Aécio 50%
BA: Dilma 63%, Aécio 37%

Governador SP

Primeiro Turno
Alckmin 45%
Padilha 26%
Skaf 22%
Outros 7%

Segundo Turno
Alckmin 61%
Padilha 39%

Governador RJ

Primeiro Turno
Pezão 32%
Lindbergh 28%
Garotinho 23%
Crivella 15%
Outros 2%

Segundo Turno
Lindbergh 51%
Pezão 49%

domingo, 11 de maio de 2014

A lenta convergência eleitoral de São Paulo com as demais capitais do Centro Sul

Nas primeiras eleições presidenciais ocorridas logo após à redemocratização, era possível classificar a cidade de São Paulo como um bastião de conservadorismo quando comparada com as demais capitais do Centro Sul do Brasil. Na maioria das demais capitais, Lula tinha votação acima da média nacional. Em São Paulo, sempre teve abaixo.
Aí, ocorreu o realinhamento geográfico entre 2002 e 2006. Por causa, por um lado, dos programas sociais e do aumento do valor real do salário mínimo, e, por outro, dos escândalos de corrupção envolvendo políticos do PT, as capitais estaduais do Centro Sul deixaram de ser a maior força e passam a ser a maior fraqueza de Lula, enquanto que o oposto ocorreu no interior do Norte e do Nordeste. Lula (e depois Dilma) sofreram forte queda em quase todas as capitais do Centro Sul. Mas não em São Paulo.
A tabela a seguir mostra o percentual de votos válidos de Lula no segundo turno de 1989 e de Dilma no segundo turno de 2010 nas onze capitais do Centro Sul. Verifica-se que apenas em São Paulo e em Cuiabá, a votação de Dilma em 2010 superou a de Lula em 1989.
  Lula 1989 Dilma 2010 diferença
Brasília 62.7% 52.8% -9.9%
Vitória 48.4% 44.3% -4.1%
Goiânia 47.8% 42.4% -5.3%
Belo Horizonte 68.8% 49.6% -19.2%
Cuiabá 35.7% 50.8% 15.1%
Campo Grande 49.2% 39.8% -9.4%
Curitiba 44.1% 36.4% -7.7%
Rio de Janeiro 73.0% 61.0% -12.0%
Porto Alegre 76.7% 44.2% -32.5%
Florianópolis 69.3% 38.5% -30.9%
São Paulo 43.3% 46.4% 3.0%
 
O impressionante é que ocorreu o oposto do que o senso comum sugeriria. Isto porque em 1989, o candidato do PT era de São Paulo e seu opositor não era. Em 2010, a candidata do PT não era de São Paulo e seu opositor era.
Verificando a evolução da votação na esquerda em todas as eleições presidenciais da Nova República disputadas até agora em São Paulo e nas outras dez capitais do Centro Sul do Brasil, fica bastante evidente a convergência. Em São Paulo, o conservadorismo eleitoral era muito maior do que na média ponderada das demais capitais, e esse abismo foi diminuindo até atingir patamar bem pequeno em 2010.
 
Por votação na esquerda, entende-se votação no Lula nos segundos turnos de 1989, 2002 e 2006, em Dilma no segundo turno de 2010, em Lula e Brizola no primeiro turno de 1994 e em Lula no primeiro turno de 1998. (1994: (Lula+Brizola)/(Lula+Brizola+FHC+Amin), 1998: Lula/(Lula+FHC))
 
É possível observar que a diferença entre a votação no PT nas demais capitais do Centro Sul e em São Paulo caiu bastante em 2006 em comparação com 1989 e 2002, e em 2010 em comparação com 2006. Em 1994 e 1998, como Fernando Henrique foi muito bem até nas capitais, a diferença entre São Paulo e as demais não foi muito grande, ainda que tenha sido maior do que foi em 2010.
Uma explicação alternativa à da convergência, é a de que a elasticidade eleitoral de São Paulo seria mais baixa em comparação com outras capitais. Tanto a esquerda, e mais ainda a direita teriam percentuais de votos fixos mais altos em São Paulo do que em outras capitais. Por isso que em 1994 e 2010, quando a votação da esquerda nas capitais do Centro Sul foi ruim, o diferencial foi baixo, e em 1989 e 2002, quando a votação da esquerda nas capitais do Centro Sul foi muito boa, o diferencial foi alto. Mas isto não explica o fato do diferencial de 2002 e 2006 terem sido menores que o de 1989 e o de 2010 ter sido menor do que o de 1994. Parece que está mesmo ocorrendo uma convergência.
É possível que em 2014, a votação de Dilma seja igual em São Paulo e nas demais capitais do Centro Sul. Alguns comentaristas dirão que isto teria ocorrido pelo fato do candidato anti-PT desta vez não ser de São Paulo. Como foi demonstrado pela comparação entre 1989 e 2010, a explicação não deve residir aí. O motivo poderá ser a continuação da convergência.
Nas eleições presidenciais, São Paulo está lentamente deixando de ser um rincão conservador.
Nas eleições municipais, é difícil dizer que já foi, pois elegeu prefeito do PT três vezes. A novidade de 2012 foi ter eleito pela primeira vez um prefeito do PT sem a necessidade do voto útil anti-Maluf, até mesmo porque o Maluf estava com ele.
Parece que enquanto Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre se direitizam, São Paulo se esquerdiza.

domingo, 4 de maio de 2014

O que Keynes e Gramsci têm em comum? Há um "pensador" brasileiro que entendeu errado ambos!

Olavo de Carvalho e seu rebanho repetem a ladainha de que "meus críticos nunca leram um livro meu". Eu nunca li e nunca lerei. Se ele escreve algo na imprensa que minha formação permite saber que o que ele escreveu é uma grande besteira, eu não preciso ler um livro dele para falar que aquilo que ele escreveu é uma besteira.
Eu li a Teoria Geral do Keynes inteira, assim como artigos e livros que comentam a obra deste autor. Se o Olavo de Carvalho escreve algo sobre Keynes que pelo que eu conheço do economista britânico eu sei que é besteira, eu não preciso ter lido Aristóteles nem saber discutir o que o Olavo de Carvalho escreveu sobre Aristóteles para dizer que ele escreveu besteira sobre Keynes.
Nem mesmo os adeptos da ideologia de Olavo de Carvalho pensariam de outra maneira. Quando eles falam mal de Noam Chomsky por causa de suas opiniões sobre política, eles não necessariamente leram sua obra sobre linguística. Bom, o paralelo entre Noam Chomsky e Olavo de Carvalho para por aí.

E quais foram as besteiras de o Olavo de Carvalho sobre o Keynes. Coloco em negrito os parágrafos do texto do "filósofo" e em letra normal meus comentários.

Cresci ouvindo dizer que Lord Keynes fora o salvador do capitalismo. Precisei de uma vida inteira para descobrir que o desgraçado protegera o círculo de espiões soviéticos em Cambridge, que a aplicação de suas teorias nos Estados Unidos dera a maior zebra e só a guerra conseguira resgatar do naufrágio o New Deal inspirado por ele.

FDR não aplicou políticas econômicas keynesianas logo no início do seu governo, e a recaída depressiva de 1937 ocorreu justamente quando as tímidas políticas econômicas keynesianas foram abandonadas. O fato da guerra ter salvo a economia norte-americana é a confirmação da teoria keynesiana está correta, pois esta diz que políticas de fomento à demanda podem recuperar a economia e não há maior fomento à demanda do que uma guerra.

A mágica besta da economia keynesiana consistia em fazer do Estado o maior dos capitalistas, colocando-o à frente de grandes projetos industriais. De imediato, tinha um efeito formidável, porque gerava empregos. À objeção de que a longo prazo isso resultaria numa inflação dos diabos, os impostos subiriam até o céu, os operários seriam pagos com papel pintado e teriam de se matar de trabalhar para sustentar uma burocracia cada vez mais voraz, Keynes respondeu com a célebre evasiva: “A longo prazo, estaremos todos mortos”.

O keynesianismo não consiste em fazer do Estado um capitalista. Sempre reconheceu que produção deve ser feita por empresas privadas. O que o keynesianismo propõe é que o Estado administre a demanda agregada por políticas fiscais e monetárias, para evitar recessão por insuficiência de demanda e inflação por excesso de demanda, e redistribua a renda dos ricos para os pobres com impostos progressivos e programas sociais.

Keynes, de fato, morreu em 1946, mas a maioria dos americanos ainda viveu para carregar o Estado keynesiano nas costas até que Ronald Reagan cortasse os impostos em 1981, iniciando a recuperação econômica de que os EUA se beneficiam até hoje.

O corte de impostos de Reagan, feito junto com aumento de gastos militares, foi uma política regressiva, mas keynesiana. Pois menos impostos e mais gastos militares geram maior demanda agregada.
Na era keynesiana progressiva, de 1950 a 1980, os EUA tiveram crescimento do PIB maior do que entre 1980 a 2007, período que inclui o keynesianismo regressivo de Reagan e Bush Junior e as políticas econômicas mais bem comportadas de Bush Senior e Clinton.

De onde vinha então o prestígio de Keynes? Vinha da esquerda. A roda de milionários, estrelas de Hollywood e intelectuais mundanos que nos anos 30 personificavam a moda do stalinismo chique – tal era, em substância, a platéia de seu show. Os fios juntavam-se. Stálin havia determinado que o Partido Comunista dos EUA não cuidaria de organizar o proletariado, mas só de arregimentar o beautiful people para subsidiar o comunismo europeu e dar-lhe o respaldo moral de celebridades com aparência de independentes. Daí a profusão de espiões comunistas e “companheiros de viagem” nos altos círculos da Era Roosevelt. A ampliação da burocracia estatal era de interesse direto para essa gente. Quando, na década de 60, a difusão das obras de Antonio Gramsci ensinou aos esquerdistas que para tomar o poder eles não precisariam fazer uma insurreição, bastaria que dominassem o aparelho de Estado pouco a pouco e de dentro, gramscismo e keynesianismo descobriram que tinham sido feitos um para o outro. De seu matrimônio espontâneo nasceu a esquerda atual.

Pelo que foi visto, para falar da suposta relação entre keynesianismo e gramscismo, é preciso não apenas ter entendido Keynes errado, como ter entendido Gramsci errado também.

A base dela já não está no proletariado, soberbamente conservador, mas na burocracia administrativa e judiciária, nos organismos internacionais, nas ONGs, na imprensa, nas universidades – e, de outro lado, no variado leque de “minorias”, as quais, recrutadas segundo os critérios mais desencontrados (sexuais, etários, raciais, regionais), não têm em comum senão o ressentimento sem objeto e a dependência da tutela do Estado, o que faz delas a massa de manobra ideal para keynesianos e gramscianos. Essa esquerda ocupa os melhores postos, come a parte mais nutritiva das verbas do orçamento, faz as leis, impera sobre a mídia e, ao mesmo tempo, fala em nome dos revoltados contra o establishment – os quais, precisamente, não sabem que ela é o establishment.

Embora pretenda ser antimarxista, o Upa acabou de fazer uma análise marxista da sociedade, apenas trocando a classe exploradora. Ao invés da burguesia, a burocracia. Dizer que tem uma classe que domina e que utiliza os meios de difusão de ideologia para dominar é algo bem marxista...

Lord Keynes não salvou o capitalismo. Se o fizesse, seria odiado pela esquerda. O que ele fez foi tornar o capitalismo o mais confortável dos regimes para a elite esquerdista, criando a base econômica da “longa marcha para dentro do aparelho de Estado” planejada por Gramsci. Eu também o aplaudiria, se meu sonho na vida fosse ser um comunista chique.

Fechando o texto com chave de ou... quer dizer, de merda. O texto foi imbecil como um todo, mas este parágrafo superou os demais. É óbvio que não é a esquerda que quer acabar com o capitalismo que aplaude Keynes. Pensadores de extrema-esquerda, como o Francisco de Oliveira, lamentam que a esquerda utilize Keynes como referencial. O Keynes é referência para esquerdistas moderados. E também para quem não é nem um pouco de esquerda, como Delfim Netto e Gregor Mankiw. E o capitalismo não deixaria de existir se não existisse o keynesianismo. Apenas os trabalhadores sofreriam mais com seus ciclos e com suas desigualdades.

domingo, 27 de abril de 2014

Olavete tenta causar em fórum estrangeiro de discussão online de política e sofre vexame internacional

Olavo de Carvalho não é original. Grande parte de suas colunas consiste em repetições exaustivas de teorias produzidas por think thanks conservadores extremistas norte-americanos. A teoria mais repetida por Olavo de Carvalho é a da conspiração do marxismo cultural, explicada aqui
http://en.wikipedia.org/wiki/Frankfurt_School_conspiracy_theory
Em poucas palavras, esta teoria diz que os novos comunistas, seguidores dos frankfurtianos, do Gramsci e do Lukacs, querem destruir os valores da civilização cristã ocidental através do marxismo cultural, movimento esse que inclui o politicamente correto, o pacifismo, o feminismo, o movimento gay e o ambientalismo. A mídia e o sistema educacional - dominados por esquerdistas hahahaha - seriam responsáveis por doutrinar as pessoas, difundindo o marxismo cultural. Por isso, nas colunas de Olavo de Carvalho, tem Gramsci pra cá e Gramsci pra lá.
Pior que Olavo de Carvalho são seus seguidores, as olavetes. Eles habitam o submundo da Internet, nas seções de comentários de notícias, nas redes sociais e nos fóruns de discussão. Não fazem mais do que repetir o que o Mestre fala nesses espaços e defender o Mestre quando o vêem atacado, agindo da mesma forma que um cão defendendo o dono. Provavelmente, só conhecem Gramsci a partir do que leram escrito pelo Olavo de Carvalho. Como não conhecemos olavetes no mundo real mas vemos a Internet infestada delas, têm-se a impressão de que as olavetes sejam apenas softwares que detectam textos sobre política e geram automaticamente comentários com as expressões "Gramsci", "Foro de São Paulo", "marxismo cultural" e "doutrinação esquerdista".
As olavetes têm o estranho hábito de falar do Brasil como se fosse um país de esquerda. A causa do fato do Brasil ter muita miséria, criminalidade, favelas e sistema educacional de péssima qualidade seria a esquerda. Pessoas normais sabem que em 500 anos de história, o Brasil foi governado pela esquerda somente entre 1961 e 1964 e a partir de 2003 (duvida-se até mesmo o quanto seja "esquerda") e todos esses problemas já existiam em 2002. Difícil entender o raciocínio das olavetes. Em linha com este raciocínio, consideram que as universidades brasileiras são dominadas pelo pensamento marxista e isto explicaria o atraso cultural do país. Na cabeça de uma olavete, as ideias de seu Mestre só não seriam aceitas no meio acadêmico por causa do "domínio marxista". Estariam estas ideias mais presentes no resto do mundo?

Bom, como os leitores deste blog fiz o Atlas das Eleições Presidenciais no Brasil https://sites.google.com/site/atlaseleicoespresidenciais/ inspirado no Atlas do Dave Leip das eleições presidenciais dos EUA http://uselectionatlas.org/. O atlas norte-americano tem um fórum de discussão sobre política norte-americana e política internacional. Bom, aí neste fórum, uma olavete tentou fazer uma difusão internacional dos ideais do seu Mestre. Será que ele esperaria mais aceitação dialogando com pessoas que não são do país de Marilena Chauí e Emir Sader? Seu esforço foi frustrado. Vejam este tópico.

http://uselectionatlas.org/FORUM/index.php?topic=190087.0

O assunto introduzido foi este. Assunto bem interessante de ser discutido.

Yes, we can examine the "trees" as oppose to looking at the "forest", but perhaps this is the biggest reason why the GOP is struggling at the presidential level and specifically, in purple-like states they used to do well in?

You look at the American financial trend since 2000 and it just seems that with wages/salaries stagnating, more jobs going offshore and minorities growing in population that this is the reason for the overall GOP problem. 

From a pure financial standpoint, the GOP appears to be the "top 5%/rich" party.  Well, there are far fewer rich people in America than there are in the "working poor" and with the cost of living rising and wages not keeping up, people are getting pinched.  While at the end of the day, the gov't really can't do very much in a global economy where the country keeps losing steam and a competitive advantage, (which is part of the reason wages fall...supply labor > demand), at least the Democrats come across as "caring" (even if they don't).  Meanwhile, how many Mitt Romney's with the smug Exec. smile have come from the Republicans recently across the board?

As Americans continue to get poorer, one has to believe that the GOP's problems are only going to grow, not shrink because we know, average income to low income earners tend to vote democratic.
 
Eis a contribuição do nosso amigo olavete
 
It all boils down to media and colleges. For decades we placed our confidence upon colleges and education as a path for our kids. Gramsci knew it, and its no wonder why he stressed the importance of starting indoctrination not on Kindergarten, or Trade School, but precisely at those very high-brow intellectual circles.

Then we have the media, which being also heavily contaminated, does everything it can to portray the GOP as the party of the uneducated, of the stupid, of the anti-science, of the angry old white racist man.

These two things don't explain it all, however. There's a third factor. See, though not an American, I'm a GOP supporter. I agree with Reps far more than I do with Dems. If I was American, I'd be a registered Republican. And unfortunately, the GOP not only has had its reputation tarnished by the enemy. Its been tarnishing itself since the rise of the Christian Right. Goldwater warned you, and apparently, you gave the poor man little attention. Its not about being pro-life. I'm a pro-life too, even though I also happen to be an atheist. Its not about the drugs. William Buckley Jr. was a proponent of decriminalising the herb. Its not about gay marriage, which I oppose simply because I am totally against Civil Marriage at all, even though its something I'd easily compromise.

Its about how you present yourselves.
 
E as respostas que os norte-americanos do Fórum deram. Provavelmente, eles conhecem mais a política norte-americana do que nosso amigo olavete.
 
I am amazed that you somehow think that the gradual decline of the Reagan coalition is the result of a Gramscian plot. (And, incidentally, you've completely misunderstood Gramsci.)
 
 
 
Cause and effect.

The decline of the Republicans happened after 1994, when Democrats embraced what they always were all along - the Party of State-guided developmental capitalism. Why vote for social reactionaries when the Democrats are promising you technocratic capitalism, if all you want is technocratic capitalism?
 
 
 
Except that your entire narrative is false. (It's also, interesting, based on an inverted Marxian analysis of society, with the "ivory-tower elite" in the place of the exploitative bourgeoisie - I'd guess you know somewhere that what I'm getting at is true.)

The Democrats aren't hostile to capitalism - and capitalism, as you know, is not synonymous with the 'free-market'. They're mere technocrats who want to administer it in a way as to promote stability (they take inequality as threatening to the system, and rightly so).

There's no room whatsoever for genuine class analysis or alternative modes of political economy within the Democratic Party.
 
 
 
What brand of capitalism does the Republican Party promote, then?

And before you go on about how "Bush wasn't a real conservative" and "The Tea Party is different" look at all those Tea Party representatives who've taken Ag Department subsidies and the fact that they have no problem pushing money into government contracts for Raytheon and BoozAllenHamilton and others.
 
 
 
Wait, what the hell are you talking about with college and the media? Education doesn't have much effect on voting patters, except on the extreme ends of the education spectrum.

Are you saying  that colleges "indoctrinate" people to be liberal and vote Democrat?

And the media doesn't have to "portray" the GOP as what you said; Republican politicians do it just fine by themselves. The media just reports on it.  
 
 
 
So what if professors have liberal ideologies? That’s their freaking right to hold their opinion and profess it. College education is heavily reliant on government spending, so no wonder they support Democrats who support public education. Would you be so angry if they were conservative and preaching conservative beliefs? If Republicans stopped being the stupid party, maybe academia would not be so repulsed by them.

Even if they did attempt to indoctrinate college kids, it obviously isn’t working, seeing as in the 2012 Presidential election, “Some College” split between Obama and Romney and 53% of “College Graduates” voted for Romney. People who have college degrees tend to be more affluent, and those making over $50,000 voted for Romney, and vote Republican down ballot.

So either they’ve failed, or there is no “liberal indoctrination” conspiracy. I guess the military-industrial complex brainwashes recruits into being conservative, right? So they will vote for perpetual war and big corporate profits?


And the media doesn’t skew liberal. There’s more to “The Media” than just Hollywood. The media (including general news organizations) tends to cater to the urban elite, seeing as they’re based in cities. In 2003 CNN was practically rooting for the Iraq War, and I see very harsh criticism of the Illinois Democratic Party, being in the Chicago media market. Since 2011 the media has lost its Obamamania and become more critical of him, not to mention the rise of openly right-wing media outlets and websites.


There is no “liberal indoctrination” conspiracy. Obviously you have not lived a substantial portion of your life in the United States, otherwise you’d know what you’re talking about.

Não apareceu um único debatedor no Fórum para concordar com as ideias da olavete. E neste Fórum, os participantes norte-americanos se auto-declaram democratas, republicanos ou independentes. Nem os auto-declarados republicanos entraram nesta conversa. Ou seja, mesmo no país mais admirado pelas olavetes, as ideias de seu Mestre são irrelevantes para grande parte da população, fora dos pequenos think thanks. Deve ser por isso que os cursos ofertados por Olavo de Carvalho na Virginia são em... Português.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino anda aparecendo bastante na minha timeline do Facebook. Algumas vezes até com links para colunas dele, o que aumenta o número de cliques no site da Veja e valoriza a publicidade.
Talvez alguns só conheçam sua história recente. Ele já torra o saco em comunidades virtuais há mais ou menos dez anos, vomitando textos panfletários, ora de autoria dele, ora de autoria de Mises Institute e similares. Tanto que há muito tempo ele tem o apelido de Spamta. Seu mais brilhante texto foi sobre a importância de privatizar os tubarões para salvá-los da ameaça de extinção. Quando alguém (que perda de tempo) resolvia replicar, Spamta não treplicava para derrubar o argumento do replicador (talvez por ser incapaz até disso), mas simplesmente repetia com outras palavras o que havia dito antes. E não demorava muito para aparecer as palavras Cuba e Coreia do Norte em suas argumentações.
Spamta se considerava "direitista liberal" e vomitava spams tanto contra a esquerda, quando contra a direita conservadora religiosa. Um dia teve até um ranca rabo virtual com Olavo de Carvalho, por causa de religião.
Até que um dia..., ele encontrou Gizuis. Se reconciliou com seu amado Mestre Olavo e passou a defender não apenas a escola austríaca de economia e a privatização dos tubarões, como também as carolices, os valores da família e os bons costumes. Feliciano e Bolsonaro passaram a fazer companhia a Hayek e Von Mises.
Especula-se o motivo da guinada. Talvez, uma consultoria tenha lhe alertado que "direita liberal" ou "libertarianismo" não tem um nicho de mercado muito promissor no Brasil e que é melhor ficar no modelo reaça standard mesmo.
Recentemente, Spamta deixou de ser um mero emissor de spam em comunidades virtuais e agora assina colunas no Globo e na Veja, mas suas colunas mantém o padrão de argumentação de comunidades virtuais. Cuba e Coreia do Norte continuam bastante presentes em suas colunas, e Hitler era de esquerda.
Sua maior batalha agora é tentar emplacar a expressão "esquerda caviar". Não vai conseguir. Esquerdista, mesmo quando ganha bem, despreza caviar porque considera caviar uma coisa bem cafona.

domingo, 23 de março de 2014

O mundo não é cor de rosa

Os garis ganhavam muito pouco, deveriam ganhar mais? Óbvio que sim. Os professores ganham pouco, deveriam ganhar mais? Óbvio que sim. Os policiais, os bombeiros, os rodoviários, os metroviários, os bancários, os comerciários? Também. Não tem como discordar.

E o que acontece quando tanta gente passa a ganhar mais? Naturalmente o consumo de eletrodomésticos aumenta, e torna-se necessário aumentar a oferta de energia elétrica no país, tanto para produzir esses eletrodomésticos, quanto para fazê-los funcionar.

Então o que precisa ser feito? Construir mais usinas. As hidrelétricas alagam, devastam grandes áreas e entram em conflito com pessoas que moram perto dos rios, as termoelétricas emitem muito CO2, as nucleares, bom estas dispensam maiores explicações, as eólicas matam passarinho e têm materiais cuja produção implica um processo poluente. Bom, mas são custos necessários para que mais pessoas ganhem mais.

Quem quer ser o 100% consciente e achar que todo mundo deve ganhar mais e ainda ser contra a construção de qualquer usina vai passar a vida esperando pelo governo ideal e achando que todos os governos não prestam.

E não adianta falar: "eu não quero que a sociedade consuma mais como um todo, eu quero apenas que quem consome muito consuma menos e quem consome pouco consuma mais". Não adianta. Não basta que o Rei do Camarote ou a Val Marchiori consumam menos para compensar o consumo adicional de milhões de trabalhadores. Se todos consumissem igual, todos consumiriam bem menos do que professores universitários, funcionários públicos e gerentes de empresas, formadores de opinião que são os supostos "intermediários", mas são mais ricos que a grande maioria dos brasileiros.

E aumento da renda dos pobres implica mais aumento de consumo de energia elétrica do que aumento da renda dos ricos.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

O Atlas das Eleições Presidenciais no Brasil

https://sites.google.com/site/atlaseleicoespresidenciais/

O site foi atualizado. Algumas informações foram acrescentadas, e o visual foi melhorado.


Agora tem

  • Os resultados gerais e por estado das eleições presidenciais de 1945, 1950, 1955, 1960, 1989, 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010
  • O mapas por estado dessas mencionadas eleições
  • Os resultados por município desde 1989
  • Os mapas por microrregião dos segundos turnos de 1989, 2002 e 2006
  • Resultados por zona eleitoral dos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro
  • Classificações dos estados, capitais e município por orientação ideológica do voto
  • Análises e estatísticas
  • Links para artigos e vídeos sobre o tema
  • Breve menção às eleições da República Velha e eleições indiretas