sábado, 13 de junho de 2009

Redação do pirulito, na íntegra

Agradeço à minha irmã por ter me enviado o texto por e-mail

Já está entediante. O Fernando ainda não veio, está mais de meia hora atrasado. Olho para o meu relógio, que marca cinco e meia. Chupo pirulito, este é sabor uva. Vejo o sol perto das colinas. Entediante é não só minha situação, como também esta cidade. Não há mais nada além da pracinha, em um banco da qual estou sentado, da igreja, das casas, de uma padaria, de um mercadinho e de um posto de gasolina. Como será que alguém agüenta morar aqui? Olho para meu relógio, que marca quinze para as seis. Estou chupando outro pirulito, este é de tutti-frutti, mais gostoso que o primeiro. Vejo metade do sol, a outra se pôs.
De barulho, percebo somente os sinos da igreja, os chutes das crianças jogando bola e o vento. Sinto saudade das buzinadas e do cheiro do escapamento dos veículos. Olho para o meu relógio, que marca seis horas, e chupo o terceiro pirulito, este é sabor morango, o mais gostoso dos três. Não vejo mais o sol, apenas uma marca roxa, amarela e azul no céu. Percebo de longe um rosto semelhante ao do Fernando. Levanto-me.
Entardecer em uma cidade pequena. Bonito. Monótono.

Nenhum comentário: