quinta-feira, 26 de março de 2009

O nocaute dos pontos da Fórmula 1

Um pouquinho antes de eu começar a acompanhar Fórmula 1, o sistema de pontuação era o 9-6-4-3-2-1. Somente os 11 melhores resultados de cada piloto eram computados. Por causa do descarte, Senna ganhou de Prost em 1988, que sem o descarte havia somado 11 pontos a mais. O win-or-wall Ayrton Senna se saiu melhor do que Alain Prost, que tinha o costume de chegar em segundo. O sistema de pontuação era justo, mas criava dificuldades para que os torcedores pudessem fazer as contas.
Em 1991, foi estabelecido o melhor sistema possível, o 10-6-4-3-2-1, sem descartes. Justo e simples. Valorizva a vitória, sem tirar a importância dos demais resultados, porém.
Em 2003, começou a esculhambação. Foi estabelecido o 10-8-6-5-4-3-2-1 por mero casuísmo. Não sei se foi para evitar que o Schumacher fosse campeão muito cedo ou para dar pontos às equipes pequenas, uma vez que havia ficado mais raras as quebras dos carros das equipes grandes, dificultando que os das pequenas chegassem em sexto. Péssima decisão: primeiro porque regulamento não é coisa a se ficar mudando toda hora. Segundo porque o regulamento anterior era muito bom. O novo, além de desvalorizar as vitórias, pontuava mediocridade. Pra mim, ponto de verdade continuou a ser até o sexto. Sétimo e oitavo é ponto virtual.
Agora a FIA teve a idéia de adotar o número de vitórias como critério para decidir o título. Foi de um extremo para o outro em pouquíssimo tempo. Outra idéia idiota. Caso a FIA deseje valorizar as vitórias, que retorne ao bom e velho 10-6-4-3-2-1. Quanto antes melhor, uma vez que este sistema ainda está na memória de muitos fãs.

Outra mudança ruim da Fórmula 1 é a escolha de circuitos. A categoria tem carros europeus, pilotos europeus e sul-americanos, e fãs europeus e sul-americanos. A mundialização é positiva desde que gradual e bem distribuída. Agora, cada vez que um circuito europeu é retirado do calendário, e é introduzido um circuito localizado em um país asiático campeão de crescimento econômico, a categoria perde um pouco de charme. E os telespectadores ficam pouquíssimos satisfeitos com o horário.

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